Travessia sobre o rio Paraná, interligado os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, não será mais utilizada para passagem de veículos.
Divisa entre os estados de MS e SP está sem fiscalização
Sem inauguração, ponte sobre o rio Paraná será liberada na quinta-feira
Por Ana Cristina Santos
A Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá), em Três Lagoas, foi construída em 1974. A partir de então, a travessia sobre o rio Paraná, interligado os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, foi utilizada para passagem de veículos.
No entanto, a partir das 8h, desta quinta-feira (29), os veículos deixarão de passar sobre a barragem de Jupiá, já que a ponte rodoviária sobre o rio Paraná, na divisa entre Três Lagoas e Castilho (SP) será liberada para o trânsito.
Desde o anúncio, até efetivamente a construção da ponte, foram mais de 20 anos de espera. Em 2000, a empreiteira Camargo Corrêa venceu uma licitação para a construção. No entanto, nem chegou a iniciar a obra porque queria uma antecipação de recursos.
Em 2010 foi aberta nova licitação para a contratação de empresa interessada em executar o serviço. Em junho de 2011, o governo federal autorizou a empreiteira A. Gaspar iniciar as obras.
A previsão era de que a obra fosse inaugurada em abril de 2015, no entanto, em razão da necessidade de revisão do projeto, bem como devido ao bloqueio de recursos pela Justiça, e devido às chuvas, houve um atraso no cronograma. O projeto que era de 1999 também precisou ser revisado, atrasando um pouco mais conclusão.
TRAJETO MENOR
De acordo com o engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho, a ponte representa muito para o sistema viário, uma vez que não haverá mais a necessidade dos veículos transitarem pela barragem de Jupiá, que é considerado um empecilho para o desenvolvimento de logística.
Para atravessar o rio pela barragem, de acordo com o engenheiro, dependendo da quantidade de veículos, em especial os pesados, pode levar até 30 minutos. “Com a ponte não vai haver essa demora”, destacou.
A ponte – que custou pouco mais de R$ 117 milhões – possui pista simples, com três faixas, sendo uma adicional para carretas e caminhões, com 1.344 metros de extensão e 6.648 metros de acessos pavimentados. Pelo lado de São Paulo, o acesso começa na rotatória de início da rodovia Marechal Rondon (SP-300) e, por Três Lagoas, sai na rotatória próxima ao antigo prédio da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR-262.
Fonte:jpnews.com.br