As estradas brasileiras continuaram apresentando problemas em 2018. É o que indicou a 22ª edição da Pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte) de Rodovias.
O levantamento mostra que 57% dos trechos de estradas foram classificados como regulares, ruins ou péssimos. Embora o resultado ainda seja insatisfatório, é melhor do que o registrado em 2017, quando o número era de 61,8%.
A pesquisa da CNT avalia características das rodovias como pavimento, sinalização e geometria das vias, bem como pontos críticos e impacto na qualidade do transporte de cargas. Segundo os dados, 35,2% das rodovias são regulares, 31,4% boas, 15,3% ruins, 6,5% péssimas e 11,6% ótimas.
Segundo o levantamento, o trecho de Natividade (TO) a Barreiras (BA) é considerado péssimo e fica em último lugar (109º) no ranking das melhores rodovias brasileiras. Já o trecho de São Paulo (SP) a Limeira (SP) [SP-310/ BR-364 e SP-348] é considerado o melhor do país e considerado ótimo.
Em 2018, foram pesquisados 107.161 km de extensão no país. O levantamento avalia toda a “malha federal pavimentada e os principais trechos de rodovias estaduais também pavimentados”.
Veja o ranking com os piores trechos de rodovias brasileiras:

  1. Natividade (TO) – Barreiras (BA): BA-460, BA-460/BR-242, TO-040 e TO-280
  2. Jataí (GO) – Piranhas (GO): BR 158
  3. Marabá (PA) – Dom Eliseu (PA): BR-222
  4. BR-101 (BA) – Teófilo Otoni (MG): BR-418
  5. Brasília (DF) – Palmas (TO): BR-010, DF-345/ BR-010, GO-118, GO-118/BR-010, TO-010, TO-050, TO-050/BR-010 e TO-342
  6. Belém (PA) – Guaraí (TO): BR-222, PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483 e TO-336
  7. Porto Velho (RO) – Rio Branco (AC): BR-364
  8. Rio Verde (GO) – Iporá (GO): GO-174
  9. Maceió (AL) – Paulo Afonso (BA): BR-104, BR-110, BR-423, BR-424, PE-177 e PE-360
  10. Campo Mourão (PR) – Guarapuava (PR): BR-487, PR-460, PR-466/BR-466, PR-487/BR-487

Problemas nas rodovias
O Estado do Amazonas é o que possui a malha ferroviária com mais problemas. Segundo a pesquisa, 99,1% delas são consideradas regulares, ruins ou péssimas. Em seguida aparece o Acre (96,2%) e Amapá (84,3%). São Paulo é o Estado com melhores condições, com apenas 22% das rodovias com problemas. Outros Estados que apresentam bom desempenho são Alagoas (27% com problemas) e Rio de Janeiro (39,2%).
O levantamento também mostra que houve aumento dos pontos críticos nas estradas. O número de casos era de 363 e passou para 454. Esses pontos são classificados como queda de barreiras, pontes caídas, erosões nas pistas e trechos com grandes buracos.
Houve melhora nas rodovias em relação à sinalização: neste ano, a característica foi considerada ótima ou boa em 55,3% dos trechos, enquanto o dado era de 40,8% em 2017. Segundo a CNT, os avanços aconteceram por causa dos programas dedicados à adequação da sinalização, sobretudo em rodovias federais.
Fonte: R7