Hoje o sistema de pagamento eletrônico de pedágio funciona graças àquele “tag” que fica dentro dos veículos. Ele é captado por antenas logo que passa pelas praças de cobrança por meio de um sistema de radiofrequência.
De acordo com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a intenção é usar essa mesma tecnologia nas rodovias de todo o país – tanto nas praças de pedágio como por meio do sistema ponto a ponto.
Esse sistema prevê que o usuário pague pedágio conforme vá passando por postes instalados ao longo da rodovia, que captam o tag do carro. O mecanismo é considerado mais justo do que as praças de cobrança, já que cobra apenas a distância percorrida pelo veículo. Quanto mais usar a rodovia, mais alta fica a tarifa.
O sistema ponto a ponto começa em São Paulo, na concessionária Renovias, quando os usuários com o tag poderão escolher entre o pagamento via postes ou via praças de cobrança. Ainda não há prazo para instalação desse sistema em todo o Brasil. O que mais dificulta é o fato de que poucos veículos no país têm o tag atualmente.
Hoje, aproximadamente 55% dos veículos que passam por praças de pedágio usam o tag e apenas quando esse número chegar a 80%, a implantação do sistema ponto a ponto se tornará viável.
A transição do mecanismo de cobrança pode ser encurtada pelo projeto Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), que prevê que os tags de rastreamento de veículos sejam instalados já nas fábricas.
Com isso, não será mais necessário que o motorista faça a aquisição de um tag. Apesar disso, ainda será necessário escolher uma operadora do sistema de pagamento. Hoje, estão autorizadas a funcionar em São Paulo a Sem Parar, Auto Expresso e ConectCar.
Além disso, o governo estuda aplicar a mesma tecnologia em outro programa, o Brasil ID, que prevê o rastreamento de produtos que saem de fábrica. Entre os benefícios do projeto, está a redução de fraudes fiscais e de roubos nas rodovias.
Fonte: Valor Econômico