Depois de várias promessas, parece que a segunda greve dos caminhoneiros realmente deve acontecer. A classe vem se mobilizando fortemente através das redes sociais e aplicativos de conversas para que a partir de segunda-feira, 09, ocorra uma forte mobilização a fim de reivindicar contra o governo federal.
 
A greve geral deve ocorrer no Brasil inteiro, mas a classe espera um apoio forte dos caminhoneiros dos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. A expectativa, segundo a classe, é que a greve atinja pelo menos 70% do país num primeiro momento. Em Santa Catarina, vários focos de paralisação são esperados. No entanto, isso deverá ocorrer apenas se os demais estados também aderirem.
Segundo organizadores da manifestação, a intenção inicial não é bloquear rodovias, mas sim fazer com que o transportador apenas pare de realizar sua atividade. Porém , se houver dificuldade em prosseguir com as negociações – tanto da pauta do governo federal, quanto das reivindicações que a própria classe faz – eles não exitarão em trancar as estradas brasileiras e aí sim ninguém deverá passar, especialmente os caminhoneiros.
Conforme o que Vilmar Bonora, liderança regional do movimento, o movimento terá um primeiro foco: a queda da presidente Dilma Roussef. As demais pautas, reivindicadas ainda em fevereiro e desde então não alcançadas, deverão ser discutidas apenas se houver outras lideranças no poder. Nas palavras dele, o atual governo já deu sinais de que não vai atender os pedidos da classe.
Em fevereiro, as principais reivindicações dos caminhoneiros eram:

  • Diminuição do valor do combustível, que, segundo a categoria, representa 60% do frete nas rodovias;
  • Criação de uma tabela única nacional de preços do frete baseada no km rodado. Hoje, o valor é calculado de várias formas, de acordo com o que é definido em cada estado. Em alguns lugares, por exemplo, o frete é pago levando em conta o peso e a mercadoria carregada;
  • Prorrogação de 12 meses das parcelas dos financiamentos de quem comprou caminhões pelo BNDES;
  • Obras para melhorar as condições das rodovias, principalmente as federais;
  • Aprovação pela presidente Dilma Rousseff (PT) das alterações na “Lei dos Caminhoneiros”, que prevê jornada fixa de trabalho de oito horas por dia, mais as duas horas extras. A categoria quer jornada de doze horas, mais duas horas extras;
  • Isenção de pedágios para eixos suspensos. Hoje, os caminhoneiros pagam por todos os eixos, mesmo vazios.

Fonte: Rádio Rural