A forma como o programador lida com os carreteiros autônomos que compõem a frota da transportadora é metade do trabalho para construir um grupo de motoristas competentes e de confiança. Para estabelecer uma relação de parceria, respeito e fidelidade, o operacional deve ser claro, transparente e flexível.
Clareza, firmeza e objetividade são necessárias para transmitir todas as informações pertinentes ao frete para o caminhoneiro de forma rápida e precisa, de forma a minimizar margens para dúvidas e necessidade de renegociações das condições após iniciada a operação. Além disso, flexibilidade social faz-se necessária, pois, como qualquer ser humano, cada caminhoneiro possui um perfil comportamental: alguns são mais ponderados e racionais, outros são temperamentais e imediatistas, possuindo cada um sua particularidade, que deve ser respeitada para manter um nível de relacionamento profissional positivo, de forma a tornar a operação de transporte mas fluida e menos estressante para todos.
Por falar em “stress”, esse é um ponto importante. Um carreteiro menos estressado é um carreteiro pré-disposto a atender as demandas da transportadora e do importador/exportador, entendendo possíveis imprevistos que ocorrem no dia a dia das operações e tendo mais chances de ser “fidelizado”. Afinal, trabalhar com quem conhecemos é sempre melhor do que com desconhecidos.
Com a tecnologia, a comunicação também ficou mais ágil e fácil, sendo muito comum a utilização de WhatsApp para troca/registro de mensagens e envio de fotos (com números de containers, placas de veículos e lacres), e até mesmo para descontrair em certos momentos. Dessa forma, podemos ter uma noção melhor de convivência e conhecer os motoristas, estreitando a relação transportadora-carreteiro, que é importante na identificação de problemas e elaboração de suas soluções.
Por último, mas não menos importante, podemos citar o controle. É importante manter um histórico de transportes realizados com cada motorista, onde constem registros de quantos fretes ele fez, quantos imprevistos ocorreram, quanto é o desvio de frete (quanto a mais ou a menos ele aceita do que geralmente é oferecido), traços marcantes e evidentes de personalidade, rotas que fez pela empresa, etc. Esses registros ajudarão muito na busca de um autônomo adequado para cada tipo de operação e na seleção dos melhores para composição da equipe de motoristas da transportadora.
Colocando em prática essas ideias, a possibilidade de formar um grupo de carreteiros competentes é consideravelmente alta, pois consegue-se separar motoristas ruins, que não cumprem horários acordados e não atendem as demandas da empresa, dos motoristas bons e competentes, que são conhecidos, confiáveis e fáceis de se trabalhar.
Fonte: Rodoquick