Empresas logísticas se queixam constantemente sobre a precariedade das rodovias no Brasil, que possui apenas 12,4% da malha rodoviária pavimentada, de acordo com a CNT (Confederação Nacional do Transporte). Os inúmeros problemas enfrentados durante o transporte de insumos e alimentos elevam a preocupação com a segurança da carga, bem como com a dos profissionais envolvidos no processo. Em um país em que mais de 60% das mercadorias é transportada pelas estradas, esperam-se providências urgentes para minimizar as consequências negativas que elas têm causado. Em contrapartida, enquanto as ações não saem do papel, muitas empresas buscam maneiras de adequar a carga de modo a suportar os impactos, além de outros meios de não sair no prejuízo.
De acordo com o último boletim estatístico da CNT, o Brasil possui o total de 213.453 km de malha viária pavimentada e 1.349.939 km de estradas não pavimentadas. A frota de caminhões em agosto/2018 era de 2.748.700 veículos e o número de empresas que transportam cargas pelo modal rodoviário era de 149.766. Tamanha movimentação gera uma sobrecarga, aumentando consequentemente o risco de acidentes, devido à precariedade das rodovias. Outro problema decorrente da falta de infraestrutura são as manutenções dos veículos, que passam a ser mais recorrentes. Todo o investimento realizado pela empresa, para que a mercadoria chegue sem danos ao destino final, faz com que o aumento do preço do transporte aumente. Isso significa que estradas mais bem cuidadas reduziriam o valor do frete, que é diretamente repassado para o consumidor.
A precariedade das rodovias faz com que os caminhoneiros enfrentem graves problemas durante o trabalho. Da mesma forma que buracos e a falta de pavimentação atrapalham o deslocamento de cargas, a sinalização também possui papel importante. Para se ter uma noção do cenário atual, o Anuário CNT do Transporte 2018 apontou que a maior parte das rodovias pavimentadas é de pista simples (92,7%), sendo que 61,8% das vias pesquisadas apresentam algum tipo de problema classificadas como regular, ruim ou péssima. O pavimento apresenta problemas em metade dos trechos, enquanto a sinalização e a geometria da via têm classificação regular, ruim ou péssima, com índices de 59,2% e de 77,9%, respectivamente.
A Plantec , especialista em fitas de arquear , explica a importância de empresas logísticas dispensarem atenção na segurança do que está sendo transportado. “É necessário buscar uma maneira de dispor as peças nos caminhões para que mesmo diante dos possíveis imprevistos decorrentes da precariedade das rodovias eles cheguem íntegros ao destino final”, orienta. Nesse sentido, acomodar os itens de acordo com a necessidade que exigem e com as devidas ferramentas que possam auxiliar na fixação é o que irá determinar a eficácia do serviço.
Grande parte do percurso ocorre em estradas pavimentadas, que já apresentam inúmeros problemas, como citado acima, mas muitas vezes é necessário fazer uso das não pavimentadas, o que agrava ainda mais a situação. Diante dessa precariedade das rodovias, é importante redobrar a atenção com a mercadoria e com os veículos, utilizando estratégias de logística inteligentes.
Fonte: Exame